Leandro Roque de Oliveira, mais
conhecido pelo codinome Emicida, nasceu no berço do rap nacional São Paulo –
SP, em 17 de agosto de 1985.
O nome “Emicida” vem da junção
de “MC” e “homicida”, pois era considerado um “assassino” nas batalhas em que participava,
por “destruir” seus adversários no Freestyle.
Emicida começou cedo, rimador
por natureza, brincava com as palavras desde criança, e na medida em que foi
crescendo desenvolveu seu talento e começou a mostrá-lo para os outros. “Era de
brincadeira, mas, quando vi, eu já estava fazendo isso para as pessoas. Então,
eu comecei a circular pelas batalhas da cena hip hop de São Paulo, quando
percebi, estava fazendo show”, disse ele, em uma entrevista ao blog Conexão Periférica.
Desde criança o rapper sofreu
com a injustiça do nosso sistema. Ainda pequeno mudou-se para o (bairro do)
Cachoeira com sua família, onde, depois de anos, conseguiram construir uma casa. Meses
depois, foram notificados pela prefeitura de São Paulo com uma ordem de
despejo. Além de sua família, muitas outras passaram e ainda passam pela mesma
situação, e foi a razão pela qual Emicida apoiou os moradores do Pinheirinho em
sua luta por moradia.
Emicida luta pela igualdade
social, e expressa em suas musicas uma indignação que não é só dele, mas de
todos os oprimidos da injustiça do sistema capitalista.
O rapper grava a suas músicas
independentemente, com a sua gravadora “Laboratório Fantasma”, e não assinará
com outras gravadoras, pois, segundo ele, nesse mercado cada artista é considerado
um produto, além de que elas podem interferir na sua maneira livre de passar
suas mensagens ao público.
Em uma de suas apresentações,
Emicida foi preso por desacato a autoridade por defender a invasão do terreno
Eliana Silva, e mostrar-se contra atitudes do governo de expulsar moradores
(como os do Pinheirinho) de suas casas. Segue, os dizeres de Emicida, que
antecediam a música “Dedo na Ferida”: “Antes
de mais nada, somos todos Eliana Silva, certo? Levanta o seu dedo do meio para
a polícia que desocupa as famílias mais humildes, levanta o seu dedo do meio
para os políticos que não respeitam a população e vem com ‘noiz’ nessa aqui, ó.
Mandando todos eles se fuder, certo, BH? A rua é noiz".
O
momento foi registrado em vídeo:
Na música “Nova Ordem” o rapper
novamente se coloca a favor do povo, incentivando as lutas sociais como a da
usina de belo monte.
Em outra composição sua com
Real da Lima, chamada “Num é só ver”, ele fala da injustiça da divisão de
classes.
Emicida é uma das maiores vozes
do rap nacional, e é saudado pelo seu talento e maneira de expor as coisas.
A revolução é a verdadeira
solução para todos os impedimentos desse sistema injusto, para que sejamos
todos iguais, e finalizo nas palavras do próprio Emicida: “Ás armas
companheiro, pela liberdade, só por ela”.
Dayane de Oliveira Pacheco
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