quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Alfred Hitchcock: O Senhor do Suspense


Alfred Hitchcock, se estivesse vivo, completaria 114 anos ontem, neste mês de agosto (13). Por esse motivo, resolvi escrever, humildemente, sobre "o senhor do suspense", um dos maiores diretores da história do cinema. 

Foi um dos diretores (se não o único) a ser reconhecido pelo público não como ator, mas, como diretor, um caso à parte, falando-se de cinema. Além disso, seu grande mérito foi a genial criação de um gênero: o suspense.

Fugia da mesmice, e fazia duras criticas a televisão. Segundo ele: "Televisão é como a torradeira americana. Aperta-se o botão e aparece sempre a mesma coisa." Motivos estes, que o tornou único, considerava originalidade uma exigência.

Inovador e extremamente original. Qualquer leigo do cinema, conhecendo pouco de Hitchcock, reconhece, em minutos de exibição, uma obra do diretor. 

Enfim, apresentamos:

Vida e obra: Alfred Hitchcock (1899-1980)

O senhor do Suspense



Britânico, engenheiro, um dos três filhos de Emma e William Hitchcock. Alfred passou uma infância de traumas. Como o próprio dizia: "Se você tiver sido educado com os jesuítas como eu fui, esses elementos seriam importantes. Eu me sentia aterrorizado pela polícia, pelos jesuítas, pela punição, por um monte de coisas. Estas são as raízes do meu trabalho."

O cinema, na época da faculdade, era um hobby e um sonho. Começou a trabalhar na área nos estúdios Famous, em Londres, como desenhista de cartelas de legendas de filmes mudos. Nessa época conheceu Alma Leville, sua única esposa e companheira na vida e no trabalho, acompanhando e ajudando em todas as direções de Hitchcock. Em 1923 passou a ser co-diretor e roteirista, até que estreou como diretor, com The Lodger, 1927 (O Inquilino, em português), que conta a história de Jack, o Estripador. 

Exigente ao extremo, Hitchcock não admitia que nada saísse do roteiro, tudo deveria ser como ele queria. Atitude que não agradava muito os atores com quem trabalhava, pois não havia espaços para improvisos e criação. O que não incomodava Hitchcock, muito pelo contrário. Como ele mesmo afirmava: "Atores são gado."

Kim Novak e James Stewart, em Vertigo, 1958
Para Alfred, o fracasso dos filmes era equivalente a bilheteria. Se a bilheteria do filme ia mal, ele considerava o filme um fracasso, independente das críticas. Um exemplo é o filme Vertigo (1958), um dos que ele considerava "péssimo", por não ter sido bem aceito pelo público.

Brincava com os expectadores, com suas aparições surpresa. Era mais uma das façanhas do diretor. Sua aparição era de praxe, sempre como figurante, com os mais diversos disfarces. Já chegou a se vestir até de mulher. O objetivo era intrigar o público, que o procuravam nos decorrer do filme.


Um dos seus filmes mais famosos foi Psycho, 1960 (Psicose),adaptação do livro de Robert Bloch. Hitchcock fez questão de comprar todas as cópias do livro, em torno de 11 mil dólares, para o final não ser revelado. O filme é considerado uma das maiores obras do terror de todos os tempos. Foi gravada em preto e branco, por opção, pois considerava as cenas muito "sanguinárias" para a época.

De um lado, aclamado pelo público, de outro, desvalorizado pela Academia. Demonstrava sempre que podia a sua indignação por nunca ter ganho um Oscar, (assim como Kubrick), apesar de ter sido indicado seis vezes.

Morreu em 1980, de insuficiência renal, deixando seu legado, sempre lembrado na história do cinema.

Não há como negar que Alfred Hitchcock foi um gênio, um dos maiores diretores de todos os tempos. O senhor do suspense, da inovação, do MacGuffin¹, das aparições as escondidas nos filmes. Intrigante, espetacular, único, Sir Alfred Joseph Hitchcock.

¹MacGuffin é um conceito original nos filmes de Hitchcock, um termo usado pelo cineasta para inserir um objeto que não têm a menor importância para quem assiste ao filme, mas pode ser imprescindível para a personagem da trama.   O MacGuffin de Psycho, por exemplo, é o dinheiro que a personagem de Janet Leigh toma para si. É importante para ela, mas não faz a menor diferença na história, que segue focada no mistério do Motel Bates. 


BÔNUS: Filmografia

Ano
Título
1976
1972
1969
1966
1964
1963
1960
1959
1958
1957
1956
1955
1954
1954
1951
1950
1949
1948
1946
1945
1943
1943
1942
1941
1941
1940
1940
1938
1936
1935
1934
1932
1929
1927
1925
 
Dayane de Oliveira Pacheco

Fontes: 

Texto: Coleção Cinemática, Revista Abril
Filmografia: Adoro Cinema

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